Temos que furar a bolha
O artigo de Bolsonaro publicado na Folha de São Paulo intitulado “Aceitem a democracia”foi um balde de água fria na militância esquerdista. Ficaram indignados (muitos, provavelmente, sequer leram o texto e mesmo assim cravaram suas opiniões cheias de razões – para variar).
O presidente escreveu sobre o crescimento do conservadorismo no mundo, citando Trump e Milei, por exemplo. É nítida a onda crescente de pessoas que estão desistindo das políticas progressistas e migrando para o outro lado, pois estão percebendo que não somos vilões ou tampouco coadunamos com os rótulos cretinos que eles nos colocaram.
Porém, houve também um certo ‘estranhamento’ de alguns apoiadores do próprio presidente Bolsonaro diante deste texto publicado na Folha – um jornal que possui a sua linha editorial nitidamente esquerdista. Eu, particularmente, achei ótimo que isso tenha sido publicado justamente na Folha. Há quanto tempo falamos sobre tomar espaços e sair da bolha? Acontece que nos acostumamos a deixá-los falando sozinhos e isso, ao meu ver, foi um erro crasso que cometemos. Por mim, o presidente Bolsonaro entraria ao vivo até no Fantástico. Já imaginou? Entre uma matéria tendenciosa e outra pintando o MST como um grupo do amor e da paz, por exemplo, aparece Bolsonaro falando sobre a importância da propriedade privada e citando com números e fatos os horrores que este grupo terrorista comete. Isso é furar a bolha e não deixá-los falando sozinhos.
Num outro trecho do artigo, Bolsonaro diz: “Quem mostra dificuldade de aceitar a democracia é a esquerda, quando a maioria do povo decide por caminhos diferentes do que ela gostaria. (…) Nós, da direita, tão injustamente acusados de extremismo, continuaremos perseverando no caminho que sempre defendemos, o da liberdade e o da democracia, entendida como o governo do povo”.
E ele está coberto de razão.
Que avancemos cada vez mais. Está mais do que na hora de interrompermos este monólogo e criarmos voz.
Aqui está o artigo completo: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/11/aceitem-a-democracia.shtml